terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Grito da Floresta


O João Roberto Brana, lá no seu blog (http://blogdobrana.blogspot.com/) comenta os boatos de que Frei Paolino Baldassari (Rá, ele é Frei, sim, tá?) estaria deixando Sena Madureira. Internet serve também para nos informar de coisas importantes como a garantia de que Padre Paolino (como é conhecido por todos) permanecerá na melhor cidade do Acre – sim, sim, não há cidade melhor no Acre do que a minha, meu caro (a).
Afinal, Sena sem Padre Paolino é como a música “Fico Assim Sem Você” do Claudinho e Bochecha (aqui na versão que eu amo, da Adriana Calcanhoto http://www.youtube.com/watch?v=icEeN99ylI4), né?
Aos 85 anos de idade, aparentemente frágil, mas sólido e firme como uma rocha, Padre Paolino continua exercendo seu ministério com a opção preferencial pelos pobres. Seu mais recente projeto, segundo o Brana, é a construção de uma igreja em um bairro da periferia de Sena, que além do pão divino, contará com salas de aula para reforço escolar.
Padre Paolino é o maior construtor de escolas da história do Acre (é, é sim. Sozinho e contando apenas com a solidariedade de alguns, construiu mais escolas nos seringais do Vale do Iaco/Purus que qualquer governo).
 Antigamente arrecadava praticamente todo o dinheiro de suas obras sociais no arraial do mês de maio que movimentava a cidade. Complementava com doações vindas da Itália.
Os tempos modernos deixaram o arraial distante de sua importância financeira e cultural (foi-se o tempo em que o aviãozinho e o bingo e das galinhas cheias, alegria da infância de muitos fazia sucesso) e isso afeta diretamente os excluídos, miseráveis e seringueiros dos arredores de Sena Madureira.
Como nada é ruim que não possa ficar pior, a crise econômica e as estripulias do Berlusconi afastaram as doações italianas. Ainda chegam, mas em menor quantidade. Ou seja, não há orçamento que feche desse jeito.

Diante de uma situação tão grave lembrei-me do Apóstolo Pedro lá em Atos 3 ao curar um homem aleijado na porta do templo (não tenho ouro nem prata, mas o que tenho te dou, em nome de Jesus de Nazaré, levanta e anda!). Eu não tenho ouro, nem prata, muito menos o poder de curar enfermos ou fazer o milagre da multiplicação dos recursos do Padre Paolino.
Mas uma coisa eu tenho: garganta e dedos ágeis para gritar aqui na internet ajuda às obras sociais do Padre Paolino. Ele precisa. O povo urge por ações solidárias. E o Pai agradece àquele que ajuda aos seus pequeninos!
Espero que esse cipó digital aqui chegue a muitos lugares e que o clamor da Floresta alcance aos bolsos solidários.
Shallom!

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