quarta-feira, 29 de junho de 2011

Waka Waka pra você também!


O que mais gosto na profissão de jornalista não é, nem de longe, a obrigatoriedade de saber escrever (até porque muita gente como eu não sabe).
Gosto da possibilidade de transformar em palavras sentimentos, sonhos, desejos, vontades e pensamentos de maneira aprazível.
A arte de usar palavras sem agressões verborrágicas...
Tá, uma pimentinha sempre vai bem, né? E se for malagueta melhor ainda.
também gosto da crítica cítrica, da organicidade e fluir de ideias em meio ao caos.
Do que se diz sem nada dizer. O que se grita no silêncio...
Gosto de assistir o circo pegar fogo, não nego, mas acima de tudo, gosto da possibilidade de poder de ouvir I Like To Move It, Move It - no mais alto volume, enquanto as pessoas debatem a solução de todos os problemas do mundo e continuar escrevendo como se isso fosse a coisa mais simples de fazer. Porque é.
Mas, hoje, pra ser sincera, eu queria mesmo era uma vuvuzela para tocar bem alto Waka, Waka (This Time for Africa), porque Shakira é Shakira, né????
E, sim, eu me divirto muiiitooo com tudo isso, principalmente quando olho pra foto acima!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

À Francesa


Domingo fui conhecer a chácara de um amigo na estrada do Quinari. Lugar lindo, ambiente agradável, bom papo com os amigos. Um domingo singular.
Depois do almoço, massa e molho impecáveis, fui conhecer a propriedade com meu amigo, que está tocando um projeto interessante na área da economia sustentável.
Para conhecer o açude, muito bonito por sinal,  fomos de carro - preguiça master de andar 500 metros!- e, surpresa, o dito não tem cheiro de cigarro (meu amigo é fumante inveterado)
- Charlene, isso não tem nada a ver comigo. Comprei o carro usado. Era de uma madame que só usa esses perfumes fortes que vocês mulheres adoram. O cheiro continua aqui. Nem sei qual é.
Eu reconheci o cheiro de longe, mas fiquei calada.
Não tive, porém, como conter o riso quando fechei a porta. O tal do carro, todo moderno, fala francês!!!!
É isso aí, gente boa, o carro manda a gente fechar a porta e colocar o cinto em francês. E com aquela voz de mulher de aeroporto, sabe qual é?
Meu amigo disse que já tentou tirar a tal voz do carro, mas desistiu.
Achei chique no último e mega engraçado, porque ele não é dado a essas coisas, mas leva numa boa a mocinha francesa que o acompanha pelos quatro cantos da cidade.
Sim, hoje estou só pra bobagens.
E, se você acha pouco, mais tarde vou postar um texto sobre a Sônia Braga e outro do filme mara que assisti no final de semana: encontro explosivo.
Bjs!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Marcha Pra Jesus

Andei sumida. Tive motivos. Prometo maior assiduidade...
Por enquanto, aproveitem algumas imagens da Marcha de hoje em Rio Branco

quinta-feira, 9 de junho de 2011

De tudo ficaram três coisas



Um pouco das belas palavras de Fernando Sabino:
De tudo ficaram três coisas...
A certeza de que estamos começando...
A certeza de que é preciso continuar...
A certeza de que podemos ser interrompidos
antes de terminar...
Façamos da interrupção um caminho novo...
Da queda, um passo de dança...
Do medo, uma escada...
Do sonho, uma ponte...
Da procura, um encontro!

terça-feira, 7 de junho de 2011

Livros, poesia e o rio

Aos poucos estou trazendo para o escritório alguns livros da minha modesta biblioteca particular.
Tenho uma relação de proximidade com os livros, se é que você me entende.
Sou do tipo que gosta de tê-los por perto.
Em casa uma parte fica na estante. Outra no meu quarto (precisam de organização, reconheço).
Tem um pouco de tudo que gosto.
Das Ciências Sociais e Humanas alguma coisa de Hannah Arendt, Max Weber, Marx, Durkheim, Clarissa Pinkola Estés, Shelton H.Davis e John Rawls.
Do jornalismo: Ricardo Kotscho, Ricardo Noblat, Ana Estela de Sousa Pinto, Mário Sérgio Conti, Eugênio Bucci, Elio Gaspari, Bernardo Kuscinski Pedro Bial, etc.
Tenho quase todos os livros do rabino Nilton Bonder, outros de Arnaldo Niskier (sim, gosto muito de livros sobre cultura judaida)...
Nem vou citar os livros sobre teologia e cristianismo em geral (os clássicos de Calvino, Santo Agostinho, Lutero e C.S. Lewis, aos modernos Max Lucado e Ed Rene Kivitz).
Há, naturalmente, livros sobre meio ambiente, desenvolvimento sustentável e quase tudo que já tive acesso sobre o Acre (Da Epopéia Acreana às Doces Lembranças de D. Chloé).
Recentemente passei a ler mais sobre novas mídias, redes sociais. O acervo ainda é pequeno, mas tem André Telles, Antonio Graeff entre outros.
Não posso deixar de fazer referências à poesia. Amo poesia. Florbela Espanca, Cora Coralina,Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meirelles e, claro, Neruda e Adélia Prado.
Pois bem. Na triagem dos livros que deveriam ficar em casa e no escritório, reencontrei as crônicas de repórter do Pedro Bial.
As páginas estão amareladas pelo tempo, mas os textos - de sua fase como correspondente internacional da Globo, continuam atuais.
Em "um rio passa pelo meio", Bial começa  texto com o seguinte parágrafo:
Por entre uma história sempre correm correntes de amor e também filetes de ódio, ou mais precisamente, todas as histórias têm um rio que passa no meio. E todo rio nasce de gotas mansas, para traçar seu caminho de fúria. O rio é um vulcão de água... toda história é um rio que sonha com o mar".
Se usarmos o texto acima  e aplicarmos ao contexto local, onde todo político quer navegar como comandante deste pequeno igarapé que é o Acre, podemos perceber inúmeras semelhanças entre vulcões, filetes e o desejo de chegar ao mar. O problema é que o rio não cabe todas as canoas que estão ancoradas no porto. E este mesmo rio expurga, com violência, seus malfeitores.
Resta-nos apenas - e tão somente - aguardar 2012 para saber onde as águas deste rio vulcão irão desembocar. Sugestões?

COLUNA DE HOJE


 Nathan

O menino lindo da foto é o meu sobrinho Nathan Catão de Brito, na festinha de cinco anos. É alegria da família. O bem mais precioso que Deus entregou nas mãos do meu irmão Wesley e da minha cunhada Laura Caroline. Vida longa ao sobrinho mais bonito da cidade!


Pra início de conversa

Voltei!!!!!!!!!!!

Sentiu saudades de mim leitor? Sentiu? Que bom!!! Não? Paciência, voltei pra ficar, porque aqui é o meu lugar. Mas, não se preocupe: por enquanto serão apenas duas colunas por semana. Uma sexta, outra na terça. Por enquanto...

E, ah, chego ao Página na condição de colaboradora e não mais funcionária (sou chic, né? rsrsrsr). O que vim fazer aqui de novo? Escrever. Sobre o quê? Um pouco de tudo, o que significa quase nada.

O Elson Dantas é realmente um maluco como eu. Porque só um maluco cede espaço para outro. E pior: para alguém que nem sabe direito o que vai fazer com o espaço. Prometo, peremptoriamente, que não irei colocar uma panela na cabeça (ajuda saber disso?) e vou tentar ser o mais normal possível, embora a normalidade nunca tenha feito parte do meu dia-

Sei, portanto, que vou dar um pouco mais de trabalho (de novo) para o Whilley (editor chefe aqui do Página), professor Beneilton Damasceno (revisor que corrige as burradas que eu escrevo), e, claro, pro Ronaldo, o diagramador mais ranzinza da redação (ou seria o Max, hein?)

Então, voltando ao que interessa: escrever sobre o quê? Não sei gente, é sério! O nome da coluna – Cipó Digital (que também é o nome do meu blog www.cipodigital.blogspot.com) em si já diz alguma coisa.Para que você me entenda um pouco melhor vou explicar com o primeiro texto que fiz para o blog:

Ana Estela de Sousa Pinto, no livro Jornalismo Diário - Reflexões, recomendações, dicas exercícios -, diz que “talento é, em parte, inteligência e habilidade, e nisso não há o que mudar. Uns nascem com mais, outros com menos. Importa menos a “quantidade de talento” que você traz. Todos tem qualidades, capacidades. O que faz realmente diferença é encontrar o melhor solo para colocar as sementes: escolher uma profissão que faça você feliz.”

O nome tem sua justificativa. A cabeça ta “linkada” no mundo, mas os pés estão plantados na terra, na Amazônia, no Acre. No meu lugar.  Misturar um pouco do que sei com o muito do que não sei para aprender muito sobre jornalismo, novas mídias, política e as coisas boas (e outras nem tão boas assim)  que se faz aqui e por aí. Acho que é isso.

Carinhos meus,

Charlene Carvalho



Maria cheia da Graça

Infelizmente não tenho uma foto para ilustrar essa nota. Prometo conseguir uma na próxima semana. Trata-se de um agradecimento especial a uma das leitoras mais assíduas dos jornais e sites do Acre: Graça Oliveira. A Graça é realmente cheia de graça. Sua alegria faz a diferenças entre os que tem o prazer e o privilégio da sua amizade. É uma acreana guerreira, batalhadora, defensora das boas causas do Estado e do seu povo. Rendo a ela minha gratidão pelo incentivo diário a continuar escrevendo. Gracias, Graça!



High tech

Os deputados estaduais da atual legislatura estão plugados no mundo. É todo mundo com Ipad e iphone na mão e no bolso. Eu, particularmente, gostei mesmo foi capa do ipad do deputado Éber Machado (PSDC). Quando eu crescer, vou comprar uma igualzinha.



Me ensina

O senador Jorge Viana foi ontem na Aleac. Reuniu-se com 12 dos 24 deputados. Ao fim a reunião o deputado Geraldo Pereira (PT) quis saber como estava sendo a adaptação do ex-governador ao legislativo. Jorge Viana se mexeu de um lado, de outro e disse: rapaz, não é fácil. Mas ouvi de um colega que pediu conselho pro Sarney (José Sarney, presidente do Senado) que o melhor que se faz quando se chega é ficar quatro meses calado, só observando.

Me ensina II

Jorge Viana nem terminou de falar direito e todo mundo se virou para o deputado novato Jonas Limas (PT), que na semana passada quebrou jejum da tribuna com um discurso duro.

- O Jonas Lima seguiu direitinho essa receita, disse o deputado Ney Amorim, arrancando risada de todos os colegas.



Mudo, eu?

Instigado sobre o mesmo tema e famoso por nunca se pronunciar, o presidente da Aleac Elson Santiago (PP) não se fez de rogado:

- Vocês estão rindo do Jonas (Lima) por ter passado quatro meses pra falar? E eu que fiquei 24 anos calado?

Outra risada coletiva. Elson Santiago pode não ser falador, mas é um deputado que tem se destacado como presidente da Casa.






PARA REFLETIR:

SENHOR, fizeste subir a minha alma da sepultura; conservaste-me a vida para que não descesse ao abismo...Porque a sua ira dura só um momento; no seu favor está a vida. O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã. (Salmo 27: 3 e 5)



 

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Um pouco de poesia


Desejos é uma linda poesia de Drummond. Reencontrei em uns arquivos antigos. Neste final de semana, é o que desejo a vocês bravos leitores do blog:

Desejo a você
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua Cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho meu.
            Carlos Drummond de Andrade.


Minha Casa Minha Vida

 
A foto acima é da casa onde morei uns bons anos da minha vida lá em Sena Madureira. Depois compramos a casa do lado, mas ela continuou sendo nossa até que nos mudamos definitivamente para Rio Branco. Por mim jamais teríamos vendido.
Da última vez que passei por lá, a outra casa tinha sido demolida para construção de uma nova, em alvenaria. Parece que essa aí teve ou terá o mesmo fim.
Para os outros pode ser uma casa velha, simples de madeira. Não para mim. Era minha casa. Foi construída pelo seu Hugo, um dos melhores mestres de obras que o Acre já teve. Lá nasceram e cresceram os filhos do seu Hugo e da D. Raifa, minha professora Latife, Margarete, meus amigos Céia e Abib, o professor Haroldo Alexandre lá da Ufac, só para citar alguns.
O terreno dessa casa é enorme. Tem 30 metros de frente e, salvo melhor juízo, 70 ou 80 metros de fundo. Hoje é praticamente uma chácara. O terreno do lado, que era a casa da Latife e depois foi nossa casa, também tinha o mesmo tamanho.
Cresci em um quintal que tinha da goiabeira à pupunha, passando pelo açaí, manga, ingá, cajá, azeitona (da Amazônia) e um grande bambuzal no final do terreno. O cacimbão era fundo. Puxei muita água no bulinete (como se escreve?) Uma coisa linda de se ter. A casa tinha uma linda varanda que ia da porta principal até a cozinha. A sala era enorme. Só não gostava de varrer o quintal. Era muito grande. Pior era varrer debaixo da casa com vassoura de açaí. Mas não reclamava.
Na minha época, a casa era linda e bem cuidada. Minha mãe plantou roseiras no quintal. Brancas e vermelhas. Tínhamos espada de São Jorge, Crista de Galo e uma infinidade de plantas de jardins de interior que eu não sei o nome, mas reconheço por onde passo.
Olhando hoje, reconheço na casa não só as boas lembranças da minha infância na Quintino Bocaiúva lá pertinho do Cafezal. Reconheço uma casa típica da Amazônia. Uma casa típica de um Acre que não existe mais. Um acre soterrado em nome do progresso e do cimento que esquenta as casas e abafa as pessoas. Tive uma infância abençoada, graças a Deus neste lugar. As pessoas podem destruir as casas, os jardins, mas jamais destruirão a memória e a lembrança. Pelo menos não a minha.


quinta-feira, 2 de junho de 2011

Prêmio merecido

Recebi da amiga Lula Melo, assessora de imprensa do Sebrae, um texto sobre a premiação da Celis Fabrícia e do Ruizemar no prêmio Sebrae de Jornalismo. Fiquei muito contente com a vitória deles. É um orgulho assistir, mesmo de longe, a vitória de colegas que trabalham diariamente em busca da informação nas redações do Acre. Parabéns para os dois. Abaixo, o texto da Lula sobre a premiação:
Os jornalistas acreanos Celis Fabrícia e Ruizemar Leite que concorreram com jornalistas de todo o país, foram os vencedores da categoria telejornalismo do Prêmio Sebrae de Jornalismo com a matéria Do lixo ao mercado: Como transformar uma ideia em produto. Celis recebeu o prêmio entregue pelo diretor administrativo do Sebrae Nacional, José Cláudio dos Santos. “É o primeiro prêmio que eu ganho, apesar de já ter concorrido a muitos. E fico muito feliz por ganhar de concorrentes tão bons”, disse, emocionada.
Os nomes dos ganhadores foram anunciados em cerimônia realizada na sede da instituição em Brasília na noite desta quarta-feira (1º). Participaram do evento representantes da imprensa nacional, a diretoria do Sebrae e autoridades, como a ministra da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Helena Chagas.
Cleis na solendidade de premiação