terça-feira, 7 de junho de 2011

Livros, poesia e o rio

Aos poucos estou trazendo para o escritório alguns livros da minha modesta biblioteca particular.
Tenho uma relação de proximidade com os livros, se é que você me entende.
Sou do tipo que gosta de tê-los por perto.
Em casa uma parte fica na estante. Outra no meu quarto (precisam de organização, reconheço).
Tem um pouco de tudo que gosto.
Das Ciências Sociais e Humanas alguma coisa de Hannah Arendt, Max Weber, Marx, Durkheim, Clarissa Pinkola Estés, Shelton H.Davis e John Rawls.
Do jornalismo: Ricardo Kotscho, Ricardo Noblat, Ana Estela de Sousa Pinto, Mário Sérgio Conti, Eugênio Bucci, Elio Gaspari, Bernardo Kuscinski Pedro Bial, etc.
Tenho quase todos os livros do rabino Nilton Bonder, outros de Arnaldo Niskier (sim, gosto muito de livros sobre cultura judaida)...
Nem vou citar os livros sobre teologia e cristianismo em geral (os clássicos de Calvino, Santo Agostinho, Lutero e C.S. Lewis, aos modernos Max Lucado e Ed Rene Kivitz).
Há, naturalmente, livros sobre meio ambiente, desenvolvimento sustentável e quase tudo que já tive acesso sobre o Acre (Da Epopéia Acreana às Doces Lembranças de D. Chloé).
Recentemente passei a ler mais sobre novas mídias, redes sociais. O acervo ainda é pequeno, mas tem André Telles, Antonio Graeff entre outros.
Não posso deixar de fazer referências à poesia. Amo poesia. Florbela Espanca, Cora Coralina,Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meirelles e, claro, Neruda e Adélia Prado.
Pois bem. Na triagem dos livros que deveriam ficar em casa e no escritório, reencontrei as crônicas de repórter do Pedro Bial.
As páginas estão amareladas pelo tempo, mas os textos - de sua fase como correspondente internacional da Globo, continuam atuais.
Em "um rio passa pelo meio", Bial começa  texto com o seguinte parágrafo:
Por entre uma história sempre correm correntes de amor e também filetes de ódio, ou mais precisamente, todas as histórias têm um rio que passa no meio. E todo rio nasce de gotas mansas, para traçar seu caminho de fúria. O rio é um vulcão de água... toda história é um rio que sonha com o mar".
Se usarmos o texto acima  e aplicarmos ao contexto local, onde todo político quer navegar como comandante deste pequeno igarapé que é o Acre, podemos perceber inúmeras semelhanças entre vulcões, filetes e o desejo de chegar ao mar. O problema é que o rio não cabe todas as canoas que estão ancoradas no porto. E este mesmo rio expurga, com violência, seus malfeitores.
Resta-nos apenas - e tão somente - aguardar 2012 para saber onde as águas deste rio vulcão irão desembocar. Sugestões?

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