quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Uma breve (nem tão breve assim) explicação


2010 será um daqueles anos inesquecíveis. Apesar de tudo foi um bom ano, mas no meu caso não terminou em 31 de dezembro. De verdade, de verdade, seu fim foi no Ano Novo Judaico de 5772 (28 e 29 de setembro de 2011), com um plus especial no Yom Kipur (8 de outubro). Na prática, o fechamento de um círculo completo de sete estações e saio limpa.
Nesse período vi se achegar no meu arraial os cavaleiros do apocalipse; fui vasculhada, achincalhada. Um belo curso intensivo de ação e reação. Para o bem e para o mal. Em um determinado momento meu coração literalmente chegou perto de explodir. Foi preciso um amigo mais chegado que um irmão se achegar, puxar minha orelha e lembrar-me de quem sou em Deus.  E o que era um grito de morte se transformou em sopro de vida.
De tudo ficaram algumas coisas. Boas e ruins. Guardo as boas. As ruins são poeira de vento. Carrego comigo o carinho dos amigos. Deixarei para trás a traição dos não tão amigos assim e a perseguição do inimigo das nossas almas.
Acima de tudo, trago comigo as marcas da promessa de DEUS, Senhor de todas as coisas. E de todas as causas.  Foi Ele quem me sustentou durante  365 dias de deserto. Guardo no recôndito do meu ser o carinho dos novos amigos. E, principalmente, dos amigos de sempre. Os que riram da minha desgraça e debocharam do meu sofrimento, só lamento. Ficaram no passado.
Na hora da angústia conhecemos os que nos rodeiam. E os amigos. Os de outrora e os que ainda estão por vir. Poderia nominar algumas pessoas aqui. Provavelmente seria injusta com muitos. Não posso, porém, deixar de expressar meu amor e minha gratidão a Deus, a Jesus, e ao Espírito Santo que me conhece, me sonda e ouve –sempre –os meus gemidos inexprimíveis.
E por quê?
 “..porque a vida é feita de cetim, que até brilha, mas esgarça e rompe tão fácil quanto somar dois mais dois.(Blog Verbo e Devaneio).
De outra parte, o amor de Deus me consome, guarda, purifica, livra e liberta. E o amor de Deus não esgarça, não se rompe e quando soma um mais um são três (Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo).
Durante a tribulação busquei socorro e amparo - e encontrei - em homens e mulheres de Deus que vivem e agem segundo o coração do Pai. Foram muitos os bálsamos derramados. Bálsamos estes que ajudaram a cicatrizar mais rapidamente os arranhões do caminho. Na primavera dos meus novos dias, se percalços houver, Sua misericórdia me sustenta.
Nesse período ouvi insistentemente uma música: How He Loves de John Mark McMillan. Fez muito sucesso com Jesus Culture e, em agosto, foi gravada mais uma versão em português pelo Diante do Trono. Não há como traduzir a força desta canção no meu coração. Particularmente gosto da versão original. Vale a pena ouvir no YouTube e, de preferência, assistir junto com o testemunho de McMillan sobre os fatos que o levaram a compor tão bela canção. Ouvindo-o entendi melhor a razão de a canção tocar-me tão profundamente, exatamente em um dos períodos mais áridos da minha parca existência.
Por que? Porque ela diz mais ou menos assim:
“Ele tem ciúmes por mim
Seu amor é como um furacão,
Eu sou como uma árvore que se dobra sob o peso de Seu vento e misericórdia
Quando de repente, eu esqueço das aflições ofuscadas pela glória
Então eu percebo quão lindo Tu és e quão grandes são Seus afetos por mim.
...Nós somos Sua porção e Ele é o nosso galardão.
Atraídos para redenção pela graça em Seus olhos.
Se a graça é como um oceano nós estamos afogando.
Então o céu se encontra com a terra como um beijo molhado e meu coração bate violentamente dentro do meu peito.
Eu não tenho tempo pra perder com ressentimentos quando eu penso sobre o jeito
Como Ele nos ama...”
Hoje, olhando o passado, definitivamente não tenho tempo a perder com ressentimentos, quando penso sobre como Deus nos ama e, principalmente, como Ele me ama!

Nenhum comentário:

Postar um comentário